20 de dez. de 2010

Chama

Decididamente, paixão não tem nada a ver com amor. Paixão é fulminante, efêmera. Começa, acontece e termina num ápice autodestrutivo. Às vezes ficam alguns cacos cravados na pele, alguns flashes na memória, mais nada. Paixão é explosão, amor é fogueira que aquece gradavitamente e pode ser realimentada pra sempre. A gente só aprende isso depois que tenta repetidas vezes usar bomba pra acender lareira. Você sabe que não está numa paixão, mas num amor de verdade, quando vê que o fogo continua lá mesmo depois de uma intensa explosão de felicidade. Ou então depois de uma, duas, dez, vinte adversidades que poderiam esfriar tudo. Já me queimei em muitas explosões (algumas delas válidas, outras desnecessárias), mas hoje brilho e aqueço sem queimar ou ser queimado. Hoje vivo a intensidade de uma bomba com a serenidade de uma fogueira. Sou apaixonado pelo meu amor.







7 de jun. de 2010

Calafrios de amor

Acho que entendi porque às vezes sinto tanto frio. Não é a baixa temperatura. É a saudade que me faz tremer por abstinência ao calor do seu amor.





26 de mai. de 2010

26/05/10

Hoje eu queria ter superpoderes. Não para voar, nem para ficar invisível ou ser imortal. Queria fazer do dia de hoje o mais especial possível, daqueles que quando terminam se tem a impressão que tudo não passou de um filme europeu com final surpreendentemente feliz.

Mas não tenho superpoderes. A única coisa super que tenho é um sentimento forte, sincero, único. Esse sim poderoso e capaz de emocionar o protagonista da mais romântica história de amor do cinema. Porque não é ficção, é realidade, te amo de verdade.

Se tivesse os superpoderes que só conhecemos na fantasia usava a capacidade de voar e levava você para ver o sol se pôr do alto de uma estrela. E, depois, nos tornaria invisíveis para que ninguém pudesse invejar nossa felicidade refletida na silhueta dos nossos corpos dançando sob a luz do luar. Se pudesse, tornaria o nosso amor imortal para servir de inspiração a todos os que ainda não se apaixonaram como a gente.

Então espero que este sentimento que por falta de criatividade melhor chamam de amor seja o suficiente para deixar o dia do seu aniversário especial como você merece. Porque, no roteiro da minha vida, superpoderosa é você. Pequena quando quer, gigante quando precisa. Como só os super são.

Feliz aniversário. Superteamo.





9 de mai. de 2010

Positivo

O filho ainda nem nasceu e ela já está a melhor mãe do mundo.

Não. Ela não está grávida. Sequer suspendeu a contracepção. A única coisa que aconteceu de fato foi a decisão de ser mãe. Desde então seu corpo, mente e coração são só mudanças.

A gravidez tem uma magia toda sua. O corpo da mulher passa por intensas mudanças num curto espaço de tempo. Mas com ela as alterações se apresentaram antes mesmo da fecundação. A magia já começou.

Todo mundo sabe que o ideal é que haja um planejamento antes mesmo de se começar a tentar engravidar. A mulher deve estar em boa forma física, se preparar emocional e psicologicamente, buscar acompanhamento médico. Reeducar a alimentação, começar a desfazer-se dos maus hábitos, dar adeus à cervejinha nossa de cada fim de semana. Fazer exercícios. Fugir do stress. Ser amada.

Ela faz tudo isso com uma determinação contagiante. Segue inabalável, focada no seu objetivo. Abre mão do que for preciso para proteger o projeto mais importante da sua vida. Altera a rotina, molda o coração, trabalha o sentimento, lapida o melhor de si para o filho que ainda vai chegar. Amor de mãe.

Ainda que de uma forma muito mais emocional que física procuro fazer o meu máximo. Sei que a gravidez é naturalmente complexa e particular, mesmo quando partilhada com o pai. A expectativa é plural, mas o esforço maior é singular, eis a verdade. Ainda assim ofereço minha mão para ela segurar sempre que quiser e precisar. Sou marido, quero ser pai também desde já.

Feliz dia das mães, minha pequena. Sim, feliz dia das mães. Você faz por merecer ser cumprimentada com antecedência. Você pode ainda não ser mãe, mas já está mãe.





26 de mar. de 2010

Happy day

Sempre me perguntei se aniversário significa um ano a mais de vida ou um ano a menos (se você parar pra pensar são ambas as coisas). Claro que ninguém gosta de pensar que está mais distante da vida e mais perto da morte. Por isso as pessoas comemoram aniversário como algo bom, especial como uma vitória.

A questão é que nunca dei bola pra aniversário. Não há motivo específico. Apenas nunca fiz questão que me cumprimentassem, pouquíssimas vezes cogitei a idéia de reunir os amigos (quando aconteceu foi sempre pegando carona no aniversário de alguém). Festa mesmo só as de casa, quando minha mãe preparava um bolinho e juntava os mais chegados.

Quem me conhece bem sabe que não guardo o dia do aniversário de ninguém. Muito menos idade. Aliás, se me perguntarem repentinamente quantos anos eu tenho certamente errarei e isso nada tem a ver com querer esconder. Esquecimento mesmo.

Acho essa contagem de tempo chamada idade útil apenas para algumas burocracias da vida. Como felicidade não tem nada a ver com burocracia, meu cérebro automaticamente passou a desprezar idade e, consequentemente, datas de aniversário. Acho que é isso.

Por ter sido, agido e pensado assim durante 38 anos fiquei surpreso no meu aniversário deste ano. Pela primeira vez curti a sensação que só se experimenta quando a sua data de nascimento passa a significar mais do que um mero número na vida de cidadão.

Foi muito bacana. Recebi belas mensagens de gente que eu não esperava. E nem teve festa (ainda não cheguei a este estágio de empolgação). Mesmo assim senti as pessoas próximas - até as que estão longe. Se sentir querido e amado são os presentes mais valiosos que a gente pode ganhar.

Sei lá se isso tem a ver com a idade, ou com a alegria contagiante da minha amada esposa, ou porque talvez eu esteja me tornando um cara menos chato ou tudo isso junto. Só sei que foi bom e já estou querendo de novo, mas ainda faltam 364 dias para o próximo 25 de março, dia em que comemorarei mais um ano de vida - ou um ano a menos, depende do tanto que você gosta de mim.





1 de mar. de 2010

Meu reveillon particular

Hoje vou festejar como se fosse ano novo, mesmo estando em pleno mês de março. Porque há exatamente um ano fomos apresentados um ao outro e aquele papo solto numa despretensiosa noite de domingo me levou aonde eu já tinha desistido de chegar.

– Felicidade, prazer em finalmente te conhecer – eu teria dito se soubesse que era ela em pessoa.

Desde então sinto as rugas do meu rosto valerem a pena, muitos dizem que meus olhos antes só azuis ganharam brilho, sorrir ficou mais fácil e constante.

Neste meu reveillon particular vai ter champanhe porque é difícil conquistar e quando conseguimos devemos e merecemos comemorar. Uma casa com cara de casa, um amor cada vez mais forte e maduro, filhos que ainda nem temos e ainda assim não paramos de falar neles.

Hoje nossas taças vão se encontrar, num brinde ao novo e a tudo que queremos de novo.

Feliz ano novo, pequena.





22 de jan. de 2010

Plenitude

Sempre gostei de morar sozinho. Dividir espaço com outra pessoa é ceder, negociar, harmonizar. Se na televisão vai ter videogame, seriado ou filme. Se no som tocará rock, break beat ou Chopin. Se no calor abre a janela, liga o ventilador ou não gosto de vento. Morar sozinho é negociar consigo mesmo - e de qualquer jeito sair ganhando.

Tantas vantagens me enchiam de certeza: morar com alguém nem pensar.

Até ela entrar pela porta da minha vida e encher minha casa de encanto perfumado, graciosidade colorida, conversa sem pressa. É fato. O seu afeto me afetou. E de repente o legal era decidir o que íamos assistir, ouvir, fazer, comer. Tudo no plural. Quanto mais espaço ela ocupava, menos eu queria que ela fosse embora.

Então decidimos namorar, mudar, morar, casar, juntar tudo numa coisa só.

Hoje mal consigo dormir sem ela e por isso durmo mal sozinho (sempre preservando o espaço dela na cama, num abraço imaginário motivado pelo hábito e pela saudade). Minha mão toca o vazio cheio de boas lembranças.

Sofro com a ausência da minha outra metade, essa que até outro dia não conhecia, não precisava, não fazia diferença, e hoje faz tanta falta. Fico meio triste, sou feliz pela metade.

Nem as nossas coisas ficam plenas. Toda vez que ela viaja a casa fica em silêncio mesmo com o som no último volume.

Invento técnicas de sobrevivência. Relembro o tempo em que morava sozinho, mas isso só piora porque agora tenho com quem compartilhar todas as coisas boas sem ser comigo mesmo. Já tentei até me preparar para os dias de afastamento, como quem estuda para um teste difícil (mas no fundo sabe que vai ser reprovado). Viver longe daquilo que amo é uma lição que meu coração não aprende.

O que me salva são as lembranças espalhadas pela casa. Elas me fazem sentir o quanto somos bons juntos e aí consigo afastar a sensação de solidão. O sol brilha num lá maior e a felicidade sustenida faz o coração voltar ao ritmo de espera.

Morar com ela me faz singular e plural, um feito de dois, prestes a gerar três.





8 de dez. de 2009

O sabor do meu amor

Damasco me conquistou tem pouco tempo. E nem foi pela cor forte, pelo cheiro delicioso ou pelo sabor doce com toque de acidez. Nem pela polpa carnosa que pede por uma mordida.

Eu poderia ter passado a gostar de damasco depois de ter provado com queijo, ou então quando descobri que o toque especial daquele prato requintado era damasco. Mas não foi nada disso.

O que me aguçou os sentidos e me fez querer damasco todos os dias foi um beijo. Não um beijo qualquer. O melhor (e mais importante) beijo da minha vida. Um beijo com gosto de fruta escolhida, daquela que muito se procura mas pouco se acha.

O beijo dela tem gosto de damasco.

A fruta preferida dela é damasco.

Em casa nunca vai faltar damasco.

Simplesmente não vivo mais sem damasco.





4 de dez. de 2009

Salada

Descobri que não consigo gostar de nenhum galheteiro. Sim, aquele trequinho para servir azeite, vinagre, sal, pimenta. Sei lá, pra mim nenhum modelo é bom e bonito o suficiente para carregar preciosidades como um puro azeite de oliva extravirgem de baixíssima acidez, nem um vinagre balsâmico mediterrâneo, ou um sal light. Gente, salada merece dignidade.

Pra falar a verdade nunca tinha prestado muita atenção neste conjunto de utensílios. Sempre foi meio no improviso, num potinho coloridinho de um e noventa e nove. Solteiro, sabe como é. Mas agora, que eu tenho um lar a zelar, uma cozinha a decorar, uma esposa mineira a culinariamente honrar, simplesmente não posso aceitar qualquer galheteiro. Dijeinenhum.

Daí você deve estar pensando que a minha digníssima mulher tá orgulhosa com o grau da minha exigência, com o rigor da minha escolha. Pffffffff. Que nada. Ela já tá é de boca torta com essa história. Sem exagero: ela deve ter me mostrado pelo menos uns trinta modelos, numas quarenta lojas diferentes. Até em outro Estado já fomos atrás da solução para este desafio que põe em risco a integridade dos meus dentes da frente.

Mas você há de concordar comigo. O povo que fabrica galheteiro tem gosto duvidoso. E ainda tem o nome. Ga-lhe-tei-ro. Sei que isso vem do tempo do juda (as galhetas acomodam a água ou o vinho para as missas; o que acomoda as galhetas chama-se galheteiro). Deve ser por isso que acho galheteiro uma blasfêmia, uma ofensa à sagrada cozinha, à santa ceia nossa de cada dia enfeiada pelos potinhos cafonas, amém.

Tenha mais uma pitada de paciência, meu bem. Vou encontrar um treco tão bacana que nunca ninguém terá coragem de se referir a ele como galheteiro. Será honrosamente passa o azeite, me dá o sal, isso é vinagre?





Oxigênio

O cheiro que fica em cada despedida é o ar que me mantém vivo até ela voltar.





6 de nov. de 2009

Espaço para o novo

Nunca conheci alguém que gostasse de mudar. Mudar de casa, de endereço, de lugar (se bem que tem gente que não gosta nem de mudar o corte do cabelo). Mudar é empacotar, remexer em coisas que estão lá na delas, física e emocionalmente.

Para mudar você precisa desconstruir, desarrumar, criar um pequeno caos. Abrir as portas, colocar o cotidiano na caixa, ficar surpreso ao rever coisas que você nem lembrava que existiam (mas guardou porque julgou serem importantes demais). Nessa hora começa a etapa da triagem e do descarte, do isso vai, isso não vai, isso vou doar. Chato assim.

É, não sou exceção. Também nunca gostei de mudanças. Mas dessa vez é diferente. Estou me mudando, ela também. Para a mesma casa, os dois.

Ela vai remexer nas coisas dela, vai descartar peças do passado, vai manter outras talvez para se desfazer mais pra frente. Outras permanecerão. Eu farei o mesmo. Terei o cuidado de esconder no lixo aquilo que minha memória e meu coração já descartaram faz tempo. É vida nova. Nada de lembranças empoeiradas fazendo o outro espirrar medos e incertezas.

Resolvemos que uma parte das nossas coisas avaliaremos juntos. Assim, de uma forma totalmente desapegada. Vamos decidir em consenso aquilo que vai ter a sorte de habitar a casa nova, por ser útil, bonito, simplesmente por ser estimado.

O que nascer dessa transição chamaremos de lar. Lar é isso: um pouco de cada um de nós formando o todo do lugar que agora é nosso. Uma das camas virou a do casal; a outra foi pro quarto de visitas. A sala tem o sofá que um dia foi só dela e tem a TV grande que um dia foi só minha. E tem também coisas que eram da loja e agora são de nós dois, não apenas porque pagamos juntos, mas porque escolhemos juntos, sonhamos juntos, realizamos juntos.

É assim na casa toda, até onde nada se vê, apenas se sente. Nela toda dá para sentir a mistura do nosso cheiro, a fusão das nossas energias, os gostos dos dois gerando um gosto só. Ah, tem também as duas gatas que eram só dela, e hoje uma gosta descaradamente mais de mim (até nisso há equilíbrio).

Pensando bem, mudar nem foi tão ruim assim. Foi destrutivo e construtivo ao mesmo tempo. Libertador graças ao que foi pro lixo. Equilibrado graças ao que faltava e hoje tem à vontade. Menos doloroso do que parecia, muito mais prazeroso do que fomos capazes de imaginar.

Mudar de novo? Claro. Certamente a vida vai dar o sinal de que a hora da mudança chegou. Aí vamos renovar o astral das nossas coisas, abrir mais uma vez as portas do cotidiano, descartar o supérfluo e o velho, abrir espaço para o novo. Um novo que ainda não escolhemos o nome, apenas o sobrenome: o dela mais o meu. E ele vai ter covinha e sorrisão que nem ela, talvez olhos azuis que nem eu e, certeza, uma vontade de mudar tudo de lugar na primeira oportunidade.





8 de out. de 2009

Anestesia da alma

Transformar saudade em palavra é enganar a dor de amor que só se cura a sós e a dois.





2 de out. de 2009

Tem tempo

A última vez que nos vimos você estava linda como sempre. Cheirosa, arrumada, sorridente. Deixou na minha lembrança a imagem do seu pequeno adeus, até mais tarde meu amor.

Impressionante a capacidade que tenho de sentir a sua falta em apenas poucos minutos, agora se passaram dez no máximo, desde que você me deu um beijo, saiu e eu transformei saudade nestas palavras de volta logo, tô com saudade, te amo.





18 de set. de 2009

#delapramim

“um dia aprendo a fazer malabares com letras e invento um número só meu pra dizer o que sinto por você”





2 de set. de 2009

quase

falta pouco pra daqui a pouco
nessa contagem regressiva de louco
que tem o pensamento solto
na visão de que o mundo todo é torto
e só ele não sofre de afoito





25 de ago. de 2009

180

Hoje faz exatamente seis meses que ganhei a felicidade de presente. Ela se apresentou em forma de sorrisos, gestos, alegria, palavras e olhares despretensiosos. Nunca vou esquecer do pedaço de flor tatuada aparecendo naquele ombro perfumado logo ao lado do meu (e, assim, entre parênteses para ninguém saber, digo que precisei controlar a vontade de cheirar aquela flor de perto e dar um beijo suave naquela pele que eu percebia, era macia; resisti e beijei apenas com o meu olhar).

Naquela noite eu não imaginava que a minha felicidade também estaria lá. Foi uma casualidade. De verdade, nenhum de nós esperava encontrar o outro, ainda que tivéssemos passado boa parte das nossas vidas nos procurando. Acredite, o tão sonhado grande encontro tem uma simplicidade incompreensível só para contrapor com a complexidade do estar pronto para ele. E graças à vida nós estávamos prontos um para o outro. Tanto que nos saímos muito bem ali e depois. Tudo passou a acontecer como tinha de ser: natural, intenso, rápido - a felicidade tem pressa e eu não tenho tempo a perder, ela foi logo me ensinando.

Até que fazia apenas alguns minutos que o dia 25 de março havia chegado e, com ele, ela. E, novamente sem imaginar, sem saber, eu estava ganhando o presente da minha vida. Sem que eu precisasse pedir, ela me deu o sorriso que faltava nos meus olhos. A partir daquela noite resolvemos não temer. Não conter. Não sufocar. Chega de querer parecer um sendo dois. Chega de te gosto no lugar de te amo, decidimos em consenso no nosso sentimento. Estávamos juntos como nunca havíamos estado antes com outra pessoa. Não sem medo. Não sem dor. Porque numa flor há cor, há cheiro, mas há também espinho e dor - mas até um espinho pode ser inofensivo se tratado com delicadeza, esse é o segredo.

Há exatos 180 dias minha vida mudou 180 graus. Porque ela abriu os meus olhos para a vida. E a vida se abriu diante dos meus olhos como o desabrochar de uma flor.





18 de ago. de 2009

Nas alturas

O amor é como um salto de pára-quedas.
Todo mundo tem vontade porque sabe que vai ser uma delícia.
Mas fica com medo de o pára-quedas não abrir (ninguém quer que o último abraço seja o do chão).

Só que se você não experimentar nunca vai voar.
Nem sentir o vento no rosto.
Vai perder a melhor emoção da vida.

Pega na mão de quem você ama e se joga.
Se no meio do salto ela escapar, olhe em volta.
Pode ter certeza que a mão certa vai aparecer antes de a queda terminar.

Muitas vezes me senti caindo num abismo.
Sem pára-quedas, nem ninguém pra segurar a minha mão.
Hoje, de tão leve e seguro, me sinto voando.

Pare de perder tempo.
Se joga, olha em volta, encontre, voe.
A vida parece longa, mas é curta como um salto.





11 de ago. de 2009

Happiness

enquanto trabalho eu ouço,
enquanto ouço e trabalho eu suspiro
e respiro fundo e tento mas não consigo
acalmar meu peito que arde de saudade.
eu sei, você nem se foi nem se vai,
mas o aqui é lá quando você não está.

a minha realidade é feita de imaginação:
eu tento imaginar que você não está,
que saiu para trabalhar.
porque, na minha realidade,
você nunca se vai de verdade.

então eu disfarço, finjo que estou só,
mas você está em mim e eu estou em você.
às vezes de corpo e alma.
às vezes só de alma.
mas jamais só de corpo.

espero você voltar para ser feliz por completo.
porque a alegria da lembrança me faz vivo,
mas é a sua presença que faz a felicidade plena.
sim, a felicidade só é plena na sua presença.




8 de ago. de 2009

Meu mais seu

O amor vai muito além do flerte, da sedução, do vazio prazer, da convivência agradável.
O amor só torna-se verdadeiro e pleno quando respeita as limitações do outro, sobrevive às diferenças, cresce com as dificuldades.
O amor verdadeiro não evita que a gente sangre, mas regenera nosso coração a cada erro.

O amor que eu sinto por você não é perfeito, mas é completo nas suas imperfeições.
O amor que eu pratico não esconde minhas limitações, faz delas força para melhorar.
O amor que me fez seu ensina a aprender o novo de novo.

O amor que eu te ofereço tem perdão para os seus erros, gratidão para os seus acertos, espaço para o seu amor.
O amor que eu te dou todos os dias tem amizade, companheirismo, fidelidade, cumplicidade, paixão, tesão, sinceridade.
O amor que eu somei ao seu gerou um amor original como um alfabeto secreto, de onde nasce uma exclusiva história de amor de verdade - a nossa.





22 de jul. de 2009

Vazio

seu perfume no travesseiro consola
mas não faz você do meu lado

não é flor de agora
apenas o antes fragmentado

uma grande vontade
alimentada pelo seu cheiro

feita de saudade
a mais doída do mundo inteiro





20 de jul. de 2009

I miss you

Ninguém é capaz de imaginar:
só de ontem pra hoje
a falta que você já me faz





17 de jul. de 2009

Evolução

Não te amo como amava ontem.
Assim como amanhã não te amarei como amo hoje.
É que eu sempre te amo mais ainda no dia seguinte.





15 de jul. de 2009

Saudade engarrafada

Eu e você somos uma festa só.
Uma festa regada a goles e mais goles de felicidade pura no gargalo, sem gelo.
Neste coquetel de emoções misturamos beijos e abraços.
Poucas doses depois já experimentamos o torpor do riso fácil.
Aproveitamos a coragem dos enebriados para revelar a imensidão do nosso amor.
Depois da indiscrição típica dos felizes, falamos baixinho, sussurrando nossas juras (nenhuma verdade precisa de testemunha para ser legítima).
Até que a festa acaba. Chega a hora de você ir embora. A ressaca é imediata.
Começo a sentir sede de você.
Sobrevivo os dias seguintes com flashbacks dos nossos melhores momentos.
Mas a sede só aumenta - já sei, ela nunca mais vai passar até você voltar.
A essa altura já não vejo a hora de começar outra festa.
Dessa mesmo, que reúne uma multidão feita de eu e você.





10 de jul. de 2009

,,:<3.

Antes meu amor era cheio de vírgulas.
Hoje é cheio de dois pontos.
Eles vêm e avisam: te amo.

E ponto final.





16 de jun. de 2009

Ciclo de vida

Na segunda vivo a nostalgia do final de semana.
Na terça tento manter vivo o gosto do seu beijo.
Na quarta o peito começa a apertar.
Na quinta espero a sexta.
Na sexta estou insuportável de saudade.
No sábado a felicidade é plena.
No domingo queria que fosse sábado pra sempre.





9 de jun. de 2009

Significados

Margaridas guardadas no meio do dicionário, na página onde se lê Felicidade.
Mal sabe o dicionário que a melhor definição de felicidade é você.





5 de jun. de 2009

Amanheceu

Bom dia, meu amor. Se bem que dizer bom dia é redundância.
Os dias após as noites que durmo com você são bons por natureza.





29 de mai. de 2009

Sono eterno

Cansei de ser metade do inteiro que eu sinto.
Não quero mais mostrar parte do meu todo.
Nem tentar disfarçar o explícito.
Chega de querer parecer um sendo dois.
Chega de te gosto no lugar de te amo.

Pus meu medo pra dormir.
E a única pessoa que pode acordá-lo é você.





Valentia

Tem hora que eu gostaria de ter coragem para assumir minha covardia e simplesmente fugir de tudo e de todos. Assim, de repente, sem nem olhar para trás.

Mas só se você fosse comigo.





26 de mai. de 2009

26 de maio

No dia em que eu mais gostaria de escrever algo especial um bloqueio criativo só me faz sucessivamente digitar e deletar, digitar e deletar, digitar e ver o cursor piscando, como quem por irritação bate o pé repetida e freneticamente. Justo hoje, dia do seu aniversário. Queria tanto ajeitar as palavras de modo que eu conseguisse traduzir tudo o que sinto por você neste dia e tudo o que eu desejo a você hoje e em todos os outros amanhãs. Mas não tem jeito. Não sai. Me desculpe. As palavras que já são suas se esconderam, mas uma hora elas deixam uma letra aparecendo e vou lá e descubro todas elas. Prometo. Então, feliz aniversário. Assim, sem poesia nenhuma, só com toda a sinceridade e todo o amor do mundo (até porque, ao contrário das palavras, isso nunca me faltará, nem sinceridade, nem amor por você).





22 de mai. de 2009

Terabytes de amor

Tenho você logo ali no Gtalk, no Skype, no MSN, no SMS, no Twitter, no Flickr, no Orkut, no LinkedIn, no Facebook, no Google, aqui no Pote, lá nos meus arquivos de texto, nas fotos que fizemos e nunca publicamos porque são só nossas. Alguns cliques e continuamos juntos nesse universo digital que nos uniu e nos faz conectados. Continuamos on-line nesses encontros remotos que nunca faltamos para manter forte a sintonia que vem de outro mundo, aquele que tem cheiro e que tem toque e que tem pele. Conseguimos ao mesmo tempo ser românticos à moda antiga e nômades digitais por puro instinto de sobrevivência do amor. E quando as mensagens abreviadas não bastam mais, quando os atalhos do teclado não conseguem mais nos levar para dentro do outro, é hora do abraço apertado, do suspiro reprimido, do olhar apaixonado. É hora de se desconectar do mundo para viver o nosso universo paralelo, onde a única coisa virtual é a realidade à nossa volta.





Corrosivo

Tem dia que estou tão ácido, mas tão ácido que tomar Sonrisal seria suicídio.





19 de mai. de 2009

De meias

Esta foi a noite mais fria do ano, segundo a meteorologia.
Bobagem. Frias são todas as noites que durmo sem você.





14 de mai. de 2009

Preguiça

Esse negócio de perder a hora é atraso de vida.





5 de mai. de 2009

Ser grande

Ela é muito maior que eu. Não digo na altura física, até porque ela precisaria duns dois saltos daqueles agulha pra ficar boca a boca comigo. Digo outra grandeza. Essa de espírito, de cabeça, de inteligência, de segurança, de maturidade. Ela pode estar de chinelo, e ainda assim os outros a verão elegantemente grande.

Não que diante dela eu me considere um anão, bom dizer. Há quem diga que sou um grandinho até que bem sucedido nisso tudo aí que falei. Mas em muitas (ou quase todas) vezes olho pra cima quando quero ouvir o que ela pensa.

Sim, essa pequena gigante me fascina. Ela me deixa verdadeiramente admirado com a clareza da sua visão, capaz de desmascarar a realidade que se esconde na falsa enormidade de um problema. Quando eu enxergo tudo embaçado ela vem e tira da frente dos meus olhos a lente suja das complicações. E finalmente noto a verdadeira simplicidade das coisas. Mesmo em assuntos complexos e de impossíveis definições como o amor.

A vantagem de conviver com uma pessoa assim vai além do que se pode explicar. Mas dá pra imaginar. Basta pensar um pouquinho em quantas vezes você quis ou precisou que alguém te mostrasse um ponto-de-vista simples e não simplista, objetivo e não vazio, reto e não agudo, influente e não influenciável. Pois é. Muitas. Eu também. Diz se não sou um afortunado em tê-la por perto.

Já disse e repito. Mesmo olhando para cima quando estou diante desta pequena não me sinto menor. Ela jamais permitiria que eu me sentisse assim. Até porque as pessoas gigantescamente especiais só o são porque não se consideram especiais. Nem precisam. Isso é para os medíocres.

Grandes de verdade não são os que assim se dizem ou se esforçam a parecer. São os que assim são notados e admirados. Naturalmente. Simples assim.

Como ela.





Sorriso

A noite ainda não se foi.
Nem o dia chegou.
Isso pouco importa.
Agora não há relógio.
O tempo se descuidou e revelou-se abstrato.
Você está aqui. Isso é concreto.
Você dorme enquanto eu escrevo.
E entre uma palavra e outra, olho você dormindo. Sorrindo.
E me pergunto. Quantas pessoas no mundo dormem sorrindo?

Você me disse naquela tarde que não estava sorrindo
porque estava guardando o seu melhor sorriso para mim.
E isso me fez sorrir
num momento em que eu não estava sorrindo.
Não porque estava guardando o meu melhor sorriso para você.
Mas porque eu ainda não tinha percebido que eu tinha motivos para sorrir.

Você é felicidade, você é sorriso, você é intensidade.
E enquanto você dorme, sorrindo, eu escrevo.
E entre uma palavra e outra, eu olho você dormindo. Sorrindo.
E me pergunto. Quantas pessoas no mundo dormem sorrindo?
E quantas pessoas no mundo foram capazes de me fazer sorrir
quando eu deveria estar dormindo, mas estou aqui, sorrindo?

Sim, a resposta está no sorriso.
Porque o amor é indescritível, indefinível, inigualável.
Mas certamente, ele é sorriso.





30 de abr. de 2009

Dose

Essa abstinência de você só me deixa mais viciado em te querer.





28 de abr. de 2009

Tempo x intensidade

O interfone avisando que você chegou quebra o silêncio da solidão e traz o som do seu sorriso que ainda está por vir. Sobe logo, meu amor. Vem pros meus braços onde nossos abraços deixam nossos corações fora de compasso. Vem ser feliz, vem me fazer feliz. Vem mostrar pro impossível que dois podem ser um. Vem deixar a felicidade orgulhosa de existir em você. Vem espalhar as cores do teu cheiro pelo ar que eu não vejo, mas insisto em respirar com o coração. Vem me fazer ridículo de tão feliz. Vem me fazer perder a noção do tempo. Vem me fazer desistir de entender como tudo pode ser tão intenso em tão pouco tempo. Até porque que eu já entendi e te conto: a verdadeira medida do amor não é o tempo. É a intensidade.
Toca interfone, toca.





26 de abr. de 2009

Equívocos e certezas

Hoje te fiz chorar.
Justo eu,
que só quero te fazer sorrir,
te fiz chorar.

Sim.
Sem querer. Por engano. Sem pensar.
Mas não interessa.
Te fiz chorar.

Falhei.
De repente todo o meu mar de sensibilidade se evaporou.
E fomos parar num deserto de lágrimas que não eram nossas.
Te fiz chorar.

Sim.
Foi um grande mal entendido.
Palavras do passado se intrometendo no presente.
Te fiz chorar.

Acredite.
Pra você reservo só a parte mais doce do meu escrever.
Me perdoe se feri seu coração com palavras que não eram pra você.
Te fiz chorar. Fiz a gente chorar.

Mas pelo menos das nossas lágrimas nasceram duas certezas:
A gente se quer com todas as nossas forças.
E eu te amo com todas as minhas forças.

Eu não quis te fazer chorar.
Me perdoe.
Eu só quero te amar.





24 de abr. de 2009

Amor singular

Era apaixonado pela garota que mal conhecia.
Linda, inteligente, doce.
Tinha apenas um defeito. Não se apaixonou por ele quando se conheceram.
Mesmo assim, viveram um amor diferente.
Ela o admirava, ele a amava.
E assim viveram distantes para sempre.





23 de abr. de 2009

Dor

Você fez o que queria, o que não devia, o que me feria.
Agora só restou o pó, sem dó, porque a dor nunca vem só.
Não te magôo, mas não te afeiçôo nem te perdôo.
O que mais faz sangrar, sem hesitar, sem medo de errar.
É ter que trocar o sonhar pelo acordar, o querer pelo esquecer, o amar pelo odiar.





21 de abr. de 2009

Ilusão

Estamos todos parados. O que se move é o chão, pra frente, pra trás.
Você pensa que está indo, mas é o mundo que está vindo.
Você pensa que está voltando, mas é o mundo que já se foi.
E neste vai-e-vem sem partida nem chegada a gente se segura pra não cair.
Mesmo sem nunca ter saído do lugar.





Visão

Meu olhar era pedra
sem ser preciosa.
Meu olhar iluminava
mas não brilhava.
Depois de você meu olhar mudou.
Passou a ver o invisível.
O incrível.
O inacreditável.

Você abriu os meus olhos para a vida.
E a vida se abriu diante dos meus olhos.





17 de abr. de 2009

Imperdível

Quando ela acorda eu acordei primeiro:
é que adoro ver o dia nascer feliz.





15 de abr. de 2009

Revelações

Sabe.

Ela acha que vejo duas dela.
- Uma real, outra imaginária.

Ela acha que o meu olhar é entorpecido.
- Vê o que ninguém enxerga.

Ela acha que uma hora vou me cansar.
- Depois do começo tudo vira fim.

Mas.

Ela nem desconfia
- Que é a realidade de tudo o que sempre imaginei.

Ela nem sabe
- Que apenas vejo além do que os outros olham.

Ela nem imagina
- Que uma história para ser completa não precisa ter fim.

Precisa ser como o sol e nascer um dia após o outro, mesmo tendo a noite no meio.





Desamor

Se eu pudesse, voltava no tempo.
No tempo em que éramos um só.

Se eu pudesse, voltava no tempo.
Lá atrás, quando o amor florescia.

Se eu pudesse, voltava no tempo.
No dia em que nos conhecemos,
e fazia de conta que não te vi.





Mute

Não sou músico, nem você é musicista.
Mas nossos sussurros são música.
Música que não se toca, mas se ouve.
Música que não se dança, mas tem ritmo.
Música que não tem letra, mas tem significado.
Música que não é para qualquer ouvido.
Na verdade, música para dois.
E que ninguém nos ouça.
Porque é música pra mim, e pra você.
E só.






13 de abr. de 2009

Valor

Acreditava que se tivesse nascido homem saberia se vender melhor.
- Todo homem tem seu preço, aprendera a pobre puta.





01s

Mas o que mais me impressiona é a capacidade que você tem de me deixar feliz em tão pouco tempo.
Algo como ir de depressivo a eufórico em 1 sorriso.





8 de abr. de 2009

Dela pra mim

“Não tô sorrindo só pra economizar,
pra te dar meu melhor sorriso quando te ver”.

C.





Nota mental

A expectativa é amante da decepção.





6 de abr. de 2009

Se liga

Viver com medo de amanhã é perder hoje pra ontem.





5 de abr. de 2009

Duelo

Ela me rouba as palavras, daí meu olhar diz tudo.
Então ela fica sem palavras, daí o seu sorriso vem e acaba com a discussão.





a.C.

Nem triste nem feliz, nem parcial nem pleno, nem medroso e nem corajoso, nem amante nem amado.
Irritantemente reto, mono, chato.
Fraco demais pra sorrir, forte demais pra chorar.





4 de abr. de 2009

Eterna

Ela dorme sorrindo
porque felicidade de verdade não descansa nunca.





Fato

Minhas palavras
dizem mais que a boca
pensam menos que o cérebro
sentem o mesmo que o coração.





3 de abr. de 2009

Definições

Texto foda: tira-põe de informações até que o atrito gere uma porra qualquer, normalmente satisfazendo apenas uma das partes (o cliente).





1 de abr. de 2009

Além do cinema

Fotografia e música são minhas maiores paixões.
Mais do que escrever, até.
Mesmo porque textos são fotos contadas em letras num videoclipe de palavras dançando para os olhos.





30 de mar. de 2009

Na real

Às vezes me sinto um merda.
Bom, talvez porque eu seja mesmo.





Think

A pior flacidez é a cerebral.





29 de mar. de 2009

Figurantes

Sem você um lugar lotado parece vazio.





26 de mar. de 2009

Burrice

Amar é o único erro da minha vida que eu não quero corrigir.





24 de mar. de 2009

Não tem preço

Sempre disse: o dia em que uma mulher me desse valor antes de me perder, casaria com ela.
Continuo solteiro.





21 de mar. de 2009

Tocante

Minha vida sem música é morta.





20 de mar. de 2009

Na realidade

Meus sonhos começam quando eu acordo.




Evolução

O teu sorriso melhora o meu.





17 de mar. de 2009

Fome

Gosto de escrever sobre coisas que sinto lá no meu íntimo, lá dentro mesmo, nas profundezas do meu ser.
Um hambúrguer agora ia bem.





16 de mar. de 2009

Fragmentos

E diante do espelho via a imagem dos cacos se equilibrando uns nos outros.
Não era o espelho, era ele.
Ela se fora.





15 de mar. de 2009

Shut down

Era popular: 1000 amigos no Orkut, 590 contatos no MSN, 37.209 followers no Twitter. Causa do suicídio: depressão provocada pela solidão.





13 de mar. de 2009

Eu sei

O sabetudo é um ignorante autodidata.





Busy

Sedentarismo é coisa pra desocupado.





12 de mar. de 2009

Gênio

Existe uma área do cérebro responsável pela criatividade.
Em alguns casos, quando algo pressiona essa região, o cérebro dá de mandar estímulos criativos ao sujeito. Acontece com vítimas de aneurismas, traumatismos.
Escrevo estas linhas com uma faixa pressionando meticulosamente um tijolo contra a cabeça.





11 de mar. de 2009

Pra sempre

Aí eu conheci você.
E toda aquela vontade de amar voltou, junto com o medo de sofrer que nunca se foi.






10 de mar. de 2009

Pense nisso

O invisível é essencial aos olhos.






8 de mar. de 2009

Elas

Quanto melhor eu conheço, mais eu amo as mulheres.






Shut up

Sim, ando meio quieto.
Esse negócio de caminhar falando faz a gente parecer louco.






 
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